A conclusão foi realizada pela pesquisa da faculdade no Special Report 2022, da ONU, sobre desigualdade de gênero e raça Pesquisa da FACAMP mostra a desigualdade de gênero presente no mercado de trabalho.
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A FACAMP é a única instituição de ensino superior brasileira a fazer parte do Special Report on Human Security 2022, material da ONU – Organização das Nações Unidas – com um artigo sobre desigualdade de gênero e raça. O relatório da ONU é o maior estudo global realizado sobre desenvolvimento humano no mundo. O estudo realizado pela FACAMP foi escrito por Juliana de Paula Filleti, Daniela Salomão Gorayeb e Daniel Höfling, docentes da faculdade.
O relatório da ONU procura analisar questões socioeconômicas que se tornaram mais proeminentes nos últimos anos, como as tecnologias digitais, as desigualdades sociais, os conflitos e a capacidade dos sistemas de saúde de enfrentar novos desafios. O Special Report sobre desigualdade é um relatório de grupos de pesquisas teóricas e empíricas das universidades mundiais, com 17 artigos, sendo 2 da América Latina, um deles da FACAMP, único do Brasil.
Segundo a pesquisa, para mulheres brasileiras, o setor de serviços domésticos aparece como um dos principais setores empregadores, com 12,2% do total de emprego, com altíssima presença das contratações sem nenhum registro formal, revelando extrema precariedade de condições de trabalho, para além dos baixos rendimentos.
No total, as mulheres possuem grande participação nos serviços de educação, saúde humana e assistência social em que a informalidade nos contratos de trabalho é baixa. Homens, por outro lado, apresentam um significativo peso na construção civil e no setor de transporte em que a informalidade é grande. No entanto, na maioria dos setores, o trabalho formal, com maiores rendimentos, maior estabilidade, direitos trabalhistas e previdenciários, é maior para os homens.
Na pesquisa, ao comparar quatro grupos sociais (mulheres negras, homens negros, mulheres brancas e homens brancos), observam-se mais mudanças na estrutura ocupacional e diferenças significativas no país. As ocupações das mulheres negras estão concentradas em setores como serviços de educação, saúde humana e assistência social, com 21,7%, comércio de atacado e varejo, em 18,3% e serviços domésticos, com 15,9%, sendo que este último aparece entre os principais setores empregadores apenas para as mulheres negras.
No entanto, para as mulheres brancas, além do setor de educação, os serviços de saúde humana e assistência social contabilizam 24,5% de emprego. O comércio de atacado e varejo, que é o único setor que aparece nos quatro grupos da pesquisa e é o primeiro empregador principal para homens negros e brancos e o segundo para negros e mulheres brancas.
Outra conclusão dos docentes é que a presença de mulheres negras na categoria de força de trabalho potencial é ainda superior, de 39,1%. Em comparação, os homens brancos apresentam a situação oposta, são 20,9% da população em idade ativa, mas 24,5% da força de trabalho e apenas 13,5% da força de trabalho potencial. Isso indica que os homens brancos possuem mais possibilidades de trabalhar e condições financeiras para procurar trabalho do que as mulheres, tanto brancas, quanto negras, apesar das diferenças.
O artigo possui como principal conclusão que as desigualdades de gênero e raça, que são estruturadas a partir de elementos históricos e institucionais, foram ampliadas durante a pandemia, afastando a sociedade brasileira dos indicadores mais amplos de democracia, equidade e segurança humana. O estudo para a escrita do relatório , que contou com o apoio do PNUD Brasil, reflete os resultados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE) para o primeiro e segundo ano da crise sanitária e econômica da pandemia no Brasil, com destaque para o cenário socioeconômico brasileiro ao final de 2021.
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